E se odiarmos o futebol antigo também? De certa forma o futebol argentino modernizou-se muito menos que o nosso: lá os ingressos não tem preços tão abusivos, as torcidas tem mais liberdade (e emoção) que aqui e podemos encontrar jogadores que entendem o peso das camisas que vestem. Mas ainda observamos regulamentos esdrúxulos, muita influência política em campo e arbitragens escandalosamente falhas, muito mais do que deste lado da fronteira. Será que aquilo que amávamos no futebol tradicional está ligado às mazelas que tanto pedimos que fossem estirpadas do esporte pelo qual nos apaixonamos? Será que não deveríamos estar discutindo COMO modernizar, ao invés de apenas cultuar a chuteira preta do Aldair enquanto um modelo de modernização nefasto é aplicado bem a nossa frente? Talvez tenhamos pego o caminho mais fácil da negação de (e raiva a) tudo que é atual e exaltação a tudo que é antigo e nos deparado com um beco sem saída. Talvez tenhamos que dar um passo atrás, fugir da dicotomia maniqueísta moderno X antigo, refletir sobre como adequar o futebol ao mundo atual sem perder aquilo que ele nos traz de bom, mas sabendo que não vivemos mais em 1990. Que enquanto nosso time esteja jogando a gente sinta mais do que pense, mas que a gente pense mais do que sinta ao discutir os rumos do futebol. Menos memes, mais textos, menos raiva, mais razão.
Eram 37 minutos do primeiro tempo quando Franco Cervi cruzou na área do Boca Juniors. A bola alçada pelo jovem camisa 10 do Rosario Central alcançou a cabeça de Marco Ruben. O artilheiro testou com...
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November 05, 2015 at 01:19PM
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