De prima

DECISÕES - Por Lucas Parolin Toda vez que um bom jogador, do nível do Renato Augusto, vai pra China ganhar uma bolada, eu fico me perguntando algumas coisas. "Ah, ele vai pra lá ganhar R$2 milhões por mês. Muita grana." Sim. Mas ele ganhava R$500mil num país que a maioria ganha R$2mil. Já tem vida de príncipe (ou não, né, quem sou eu pra saber? Só o casamento dele custou R$1 milhão, tem que ter grana pra pagar isso, né?). Vale mesmo ir pra um país que fala mandarim e não tem arroz e feijão pra ganhar tudo isso? Eu iria, lógico, não ganho R$500mil, ganho muito menos. Mas fico me perguntando. Aí vejo também o pessoal falando "ah, jogou a carreira fora por dinheiro. Nunca mais vai ser convocado pela seleção." Porra. Agora o ápice da carreira de um jogador é a seleção? Pq? Eu só leio que a seleção é uma bosta. A mídia trata como uma bosta. O torcedor está pouco se fudendo. Os patrocinadores estão debandando da amarelinha. Pq o jogador tem que priorizar? "Ah, mas ele podia ser ídolo no clube." Podia, verdade. Até ele errar o próximo pênalti. Ou o time não classificar pra Libertadores. Ou perder do rival. Aí o cara é vendido pra outro clube brasileiro, pra ganhar menos. Isso se não recebe ameaça de morte, não tem o carro chutado, não tem que se explicar pra TO... Última: e pq ir pra China é sinônimo de acabar a carreira? Pra usar outro jogador do meu time, o Vagner Love acabou com a carreira dele indo pra China? As carreiras de Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro (24 e 26 anos, respectivamente) acabaram? Enfim. No caso do Renato Augusto, o clubismo me impede de pensar direito. E também é um tópico meio batido e chato, pq sempre acontece. Antes era a Ucrânia, hoje é a China, amanhã vai ser os EUA. Mas fica aí o textão e fiquem à vontade de comentar. - January 05, 2016 at 06:02PM

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