Todo dia alguém reclama da modernidade das arenas e de seus atuais frequentadores, aqueles que, via de regra, preferem a selfie ao sofrimento, o teatro à transe, o telão ao gramado, o espetáculo ao resultado do campo. Mas aí quando escapa algo fora do script; quando um momento improvisado e passional aparece para rasgar a frieza daquilo tudo; quando a conexão jogador-torcedor tenta beirar a erupção... eis que surge uma força externa, operante e opressiva, sem lógica alguma senão a arbitrariedade, na tarefa exclusiva de neutralizar qualquer coisa que rompa com aquilo que tanto criticamos dia após dia. Na censura bruta daquilo que gostamos de valorizar no futebol, que é a mistura da espontaneidade com a emoção. Fica difícil.


October 29, 2015 at 01:36PM

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