REFLEXÃO NATALINA SOBRE O ÓDIO AO FUTEBOL MODERNO - por André Vidiz Wendell Lira saiu do anonimato para a timeline de todo mundo ao ter seu gol indicado para o prêmio Puskas de 2015. A história é muito legal, nem tanto pelo gol (que, aliás, é um puta de um golaço - pra mim o mais bonito do ano mesmo) mas pelo que Wendell Lira representa: o jogador simples, que tá se matando pra fazer um gol em algum canto do Brasil sem pensar na fama e mais preocupado com as contas no final do mês do que com seu corte de cabelo. Algo bem próximo de como idealizamos os jogadores dos anos 90. Eis que surge a notícia de que Wendell clareou os dentes para a cerimônia da FIFA, e com ela a certeza de que ele não é o representante do futebol antigo como imaginávamos. Não é por um simples motivo: isso não existe. O mundo é outro e as pessoas que surgem nele também serão diferentes daquelas que surgiam 20 anos antes. Nós somos diferentes de nossos pais: a maioria deles achava absurdo o Romário não treinar, dizia que o Renato Gaúcho jogava bem, mas era mulherengo demais e preferia jogadores que andassem na linha. O custo desse saudosismo é nos focarmos no ódio à modernidade e deixarmos passar histórias legais do futebol contemporâneo, como a do próprio Wendell Lira. Lendo a notícia do post podemos nos alegrar ao tomar conhecimento de como ele e seus amigos estão se sentindo, podemos imaginar que vestido é esse que sua mulher escolheu, podemos refletir em como o futebol é o exemplo máximo das reviravoltas que a vida dá. Basta que clarear os dentes não seja suficiente para o classificarmos como bom ou ruim, legal ou chato, moderno ou antigo. Até porque se o Capitão (Holeúde) jogasse hoje provavelmente clarearia os dentes também. Assim como comprava roupa nova e cortava o cabelo pra ir no troféu Mesa Redonda. Por mais inteligência e menos ódio, por mais profundidade e menos maniqueísmo, por mais alegrias e menos lamentações: clareia os dentes, Wendell, que o mundo inteiro vai ver seu sorriso quando vc levantar o Puskas!
A voz de Wendell Lira continua a mesma, mas o sorriso mudou. O candidato a autor do gol mais bonito do ano pela Fifa tem recebido ajuda de pessoas diversas. Uma delas, Karine, é dentista em Goiâ...
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December 24, 2015 at 07:25PM
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