"A própria Presidente Dilma disse para o Bom Senso FC: 'Se meu governo deixasse de pagar três meses os seus funcionários, o país pararia'. O esporte ainda não parou, mas há tempos anda na contramão." O Futebol Brasileiro segue apanhando dele mesmo. Até quando?
O FUNDO DO POÇO É fato que o dia 15 de agosto de 2014 foi marcante na história do futebol brasileiro. Assistimos ao que parecia impensável. Vimos os atletas do Grêmio Barueri não entrarem em campo no jogo contra o Operário-MT, pela Série D do Campeonato Brasileiro. Os jogadores não recebiam o salário na carteira de trabalho nos últimos dois meses e tinham mais quatro meses de atraso no direito de imagem. Revoltados, e com razão, o grupo resolveu não atuar nesta partida do campeonato nacional. Sabendo da situação, o Bom Senso FC tentou prestar todo apoio e tem monitorado ao longo de todo processo as condições de trabalho dos jogadores do clube. Aliás, cumpriu uma obrigação que deveria ser de outras entidades. Agora, para agravar tudo que já aconteceu, um grupo de atletas foi dispensado pela atual direção, pois seriam os “cabeças” da decisão tomada em agosto. Muitos deles vivem no Centro de Treinamento do clube e, por estarem com suas entradas barradas, não terão onde dormir hoje à noite. Por sinal, os senhores José Antônio Bressan (coordenador-técnico do Barueri) e Alberto Ferrari (presidente do Barueri) haviam se comprometido com o elenco, afirmando que pagariam o que estava atrasado. Agora, a postura é outra: eles se negam a pagar e ainda tratam o débito como normal e corriqueiro no futebol brasileiro. Pois é. Aqui o certo é estar errado. A lei prevê a rescisão contratual, não resta dúvida, mas também prevê a indenização por isso. O que acontece? Não querem cumprir a lei? Então, questionamos: Onde está o Ministério do Trabalho, que em tese sabe de tudo? Os casos são públicos. Nenhuma providência é tomada? Como a Justiça do Trabalho pode ser tão ineficaz e lenta em ações deste tipo, onde o cidadão cobra o que lhe é devido e demora anos e mais anos para receber? Por isso os casos se repetem. Onde está o Ministério Público, que adora holofotes, mas não investiga essa gente que está liquidando o futebol brasileiro? Passou da hora de punir quem faz o errado e interfere negativamente na vida de tantos. Estes precisam pagar pelos seus atos. Por onde anda a cúpula da CBF? Passeando nos EUA, acompanhando a Seleção Brasileira? Quantos membros da diretoria da CBF são necessários para “cuidar” da nossa seleção? A própria Presidente Dilma disse para o Bom Senso FC: “Se meu governo deixasse de pagar três meses os seus funcionários, o país pararia”. O esporte ainda não parou, mas há tempos anda na contramão. Precisamos de medidas para mudar essa realidade. Queremos atitudes do governo atual e também daqueles que postulam comandar o Brasil - o esporte é uma lacuna na proposta de quase todos os candidatos à presidência. Temos que alterar essa realidade urgentemente. Infelizmente, os fracassos do futebol brasileiro vão muito além das quatro linhas. Eles ocorrem nas sombras dos holofotes, nessa infinita série de descasos e negligências. Nosso Sistema Nacional do Esporte se apoia sobre entidades de administração que demonstram dia após dia não darem a mínima para o estado atual das coisas. E isso vale para todas as modalidades, com raríssimas exceções. A mudança no esporte não é apenas uma opção, é uma necessidade. Mas será que todos querem se unir, formar um time forte e jogar por um só objetivo? Não é o que parece. Bom Senso Futebol Clube Por um futebol melhor para quem joga, para quem torce, para quem apita, para quem transmite, para quem patrocina. Por um futebol melhor para todos.
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September 04, 2014 at 07:47PM
O FUNDO DO POÇO É fato que o dia 15 de agosto de 2014 foi marcante na história do futebol brasileiro. Assistimos ao que parecia impensável. Vimos os atletas do Grêmio Barueri não entrarem em campo no jogo contra o Operário-MT, pela Série D do Campeonato Brasileiro. Os jogadores não recebiam o salário na carteira de trabalho nos últimos dois meses e tinham mais quatro meses de atraso no direito de imagem. Revoltados, e com razão, o grupo resolveu não atuar nesta partida do campeonato nacional. Sabendo da situação, o Bom Senso FC tentou prestar todo apoio e tem monitorado ao longo de todo processo as condições de trabalho dos jogadores do clube. Aliás, cumpriu uma obrigação que deveria ser de outras entidades. Agora, para agravar tudo que já aconteceu, um grupo de atletas foi dispensado pela atual direção, pois seriam os “cabeças” da decisão tomada em agosto. Muitos deles vivem no Centro de Treinamento do clube e, por estarem com suas entradas barradas, não terão onde dormir hoje à noite. Por sinal, os senhores José Antônio Bressan (coordenador-técnico do Barueri) e Alberto Ferrari (presidente do Barueri) haviam se comprometido com o elenco, afirmando que pagariam o que estava atrasado. Agora, a postura é outra: eles se negam a pagar e ainda tratam o débito como normal e corriqueiro no futebol brasileiro. Pois é. Aqui o certo é estar errado. A lei prevê a rescisão contratual, não resta dúvida, mas também prevê a indenização por isso. O que acontece? Não querem cumprir a lei? Então, questionamos: Onde está o Ministério do Trabalho, que em tese sabe de tudo? Os casos são públicos. Nenhuma providência é tomada? Como a Justiça do Trabalho pode ser tão ineficaz e lenta em ações deste tipo, onde o cidadão cobra o que lhe é devido e demora anos e mais anos para receber? Por isso os casos se repetem. Onde está o Ministério Público, que adora holofotes, mas não investiga essa gente que está liquidando o futebol brasileiro? Passou da hora de punir quem faz o errado e interfere negativamente na vida de tantos. Estes precisam pagar pelos seus atos. Por onde anda a cúpula da CBF? Passeando nos EUA, acompanhando a Seleção Brasileira? Quantos membros da diretoria da CBF são necessários para “cuidar” da nossa seleção? A própria Presidente Dilma disse para o Bom Senso FC: “Se meu governo deixasse de pagar três meses os seus funcionários, o país pararia”. O esporte ainda não parou, mas há tempos anda na contramão. Precisamos de medidas para mudar essa realidade. Queremos atitudes do governo atual e também daqueles que postulam comandar o Brasil - o esporte é uma lacuna na proposta de quase todos os candidatos à presidência. Temos que alterar essa realidade urgentemente. Infelizmente, os fracassos do futebol brasileiro vão muito além das quatro linhas. Eles ocorrem nas sombras dos holofotes, nessa infinita série de descasos e negligências. Nosso Sistema Nacional do Esporte se apoia sobre entidades de administração que demonstram dia após dia não darem a mínima para o estado atual das coisas. E isso vale para todas as modalidades, com raríssimas exceções. A mudança no esporte não é apenas uma opção, é uma necessidade. Mas será que todos querem se unir, formar um time forte e jogar por um só objetivo? Não é o que parece. Bom Senso Futebol Clube Por um futebol melhor para quem joga, para quem torce, para quem apita, para quem transmite, para quem patrocina. Por um futebol melhor para todos.
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September 04, 2014 at 07:47PM
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