Sem Firulas: Nós, brasileiros e sulamericanos, temos uma tendência a buscar acordos e resolver questões politicamente. Conversando e negociando distribuímos dinheiro da TV e vagas na Libertadores de uma maneira que faça algum sentido e de certa maneira reflita a importância e força de cada um. Já os europeus costumam acordar uma fórmula para calcular tais divisões, de modo a evitar renegociações e permitir aos times buscar melhoras de maneira independente. Na Champions League e Europa League a quantidade de vagas para cada país depende do desempenho de seus times nos últimos anos, garantindo a meritocracia e o melhor nível possível ao torneio (se os times de determinado país têm melhores resultados é porque são melhores e, portanto, sua presença em maior número eleva o nível do campeonato) Em relação à divisão do dinheiro o caso mais citado é o da Premier League (Inglesão), que divide o dinheiro em três partes: 1/3 é distribuído igualmente entre os clubes, 1/3 de acordo com a classificação final do campeonato e 1/3 de acordo com o número de jogos transmitidos pela TV. Além das vantagens citadas acima, este modelo ainda premia o desempenho dos times colocação a colocação, evitando que eles cheguem nas rodadas finais sem motivo para lutar e sob desconfianças de entrega. Eduardo Gomes da Silva se deu ao trabalho de aplicar a fórmula inglesa ao Brasileirão do ano passado. Esta divisão faz sentido pra você?