GRANDES PALMEIRAS x SÃO PAULO Esse final de semana tem Choque-Rei e por isso pedimos a sãopaulinos e palmeirenses que contassem qual jogo entre as duas equipes foi especialmente marcante para eles. Pedro De Luna escolhe um improvável São Paulo 2x2 Palmeiras no Rio-SP de 2002 (o jogo decidido nos cartões) e tem ótimos motivos para isso: "Aquele São Paulo x Palmeiras em que eliminamos os caras por cartões, na semifinal do Rio-SP de 2002 é certamente minha lembrança mais forte do Choque-Rei. Eu mal me lembro do jogo em si e tenho um bom motivo pra isso. Tinha 13 anos na época e consegui o privilégio de entrar com os jogadores em campo. O primeiro jogo, se não me engano, tinha sido 1x1, com gol do Rogerio, e eu também tinha entrado com o time, pela primeira vez na vida - naquele dia, adentrei o relvado com o Emerson, zagueiro de triste lembrança para nós, tricolores. Para tanto, você precisa ir vestido com o uniforme completo. Eu fui, mas levei uma blusa preta pra pôr por cima. Meu pai parou o carro, sabe-se lá por que, num lugar meio afastado do estádio, algo como uma zona mista, que nos obrigava a passar pelo meio da torcida do Palmeiras pra entrar - e lembremos que eram tempos em que a divisão de ingressos era 50-50%... Pois bem, quando passava no meio da massa alviverde, ouvi algumas piadas, uns "eae viadinho", mas tudo num clima light. Entrei tranquilo. Fui para a área onde os mascotes aguardavam a liberação pra entrar no campo, ali onde o ônibus para. Só tinha pivetinhos e eu era o mais velho. Fiquei circulando, me lembro de ter visto Pedro Bassan, repórter global, passando blush (sim) no rosto e de ter cumprimentado o Luizão, então massagista do São Paulo e da Seleção Brasileira na Copa de 94. Ele acenou com a cabeça como quem estranhava muito o fato de um pré-adolescente saber o seu nome e seu rosto. França, meu grande ídolo da vida, já estava negociado com o Bayer Leverkusen, e meu intuito era, a qualquer custo, entrar com ele. Fiquei muito triste quando soube que ele foi vetado pela lesão no adutor que sofreu no meio daquela semana, quando perdemos pro Corinthians pela semifinal da Copa do Brasil. Me posicionei na boca do túnel e o primeiro a subir foi Fabio Simplicio, que, eu observei, tinha ficado orando sozinho dentro do túnel por uns 3 minutos, antes de ser abraçado longamente pelo Milton Cruz, que lhe passava palavras de força. Simplicio subiu dando um berro a plenos pulmões, o que provavelmente assustou todos aqueles fedelhos esperançosos. Kaká foi o segundo a subir e eu fui junto com ele. Vieram mais uns 8 mascotes nesse rabo de cometa e eu falei "Vai pra cima do Magrão, Kaká. Pra cima do Magrão!". Ele meio que ignorou. O time tirou foto e eu fiquei ali, junto, no bolo, e jamais me esqueço que Reginaldo Cachorrão comentou com o Sandro Hiroshi - ambos reservas: "Ô Sandro, esse aí já tem tamanho pra entrar no campo com a gente, hein?". Hiroshi e eu rimos. (mal desconfiava o Cachorrão do quão irônico era fazer piadas com idade com o Sandro Hiroshi) Fim da Parte I" Para ler a Parte II clique aqui: http://ift.tt/1v1FSf0 E você, qual Choque-Rei te marcou especialmente? - August 16, 2014 at 01:47PM