Seremos Palmeiras! Por Fernando Sancovsky do http://ift.tt/1nzdz2z Eu nunca vou conseguir explicar o que faz com que 20 mil pessoas saiam de suas casas, comprem um ingresso caro para apoiar e gritar a plenos pulmões pelo lanterna do campeonato. Eu sinto, eu entendo, mas exprimir em palavras me parece impossível. O que o palmeirense sente pelo Palmeiras é um sentimento incapaz de denominação, explicação ou descrição. Talvez seja paixão. Provavelmente, é muito mais do que isso. A grandeza desse sentimento e a grandeza dos milhões que o sentem é o que forma esse gigante. O palmeirense é o Palmeiras personificado. É aquele que sofre e sente as derrotas; aquele que reergue seu clube, mesmo quando o poço parece não ter fim; aquele em que a felicidade das vitórias é muito maior que os três pontos que elas significam. E, por essas e outras, o Palmeiras é, foi, e sempre será um gigante. Não importam números. Importa o palmeirense. O Palmeiras nunca será um mero coadjuvante. Gigante alviverde que tem seus 100 anos de história escritos nas mais belas páginas. Escrita pela magia do Divino. Pelas loucuras de César Maluco e de Edmundo. Pelos gols de Evair. Pelos milagres de São Marcos. E por mais tantos craques e ídolos, que se já não estão mais dentro de campo ou vestindo nossas cores, permanecem no imaginário palmeirense, quer ele os tenha visto, ou só tenha ouvido falar sobre seus feitos heroicos. O Palestra nasceu, em 1914, sob as cores e a influência italiana. Em 1942, renasceu Palmeiras para se tornar o maior campeão do Brasil. Sem nunca perder suas origens, ganhou tudo quanto é título. Quando o Brasil se tornou pequeno, veio a América, sob a benção do único santo da religião Palmeiras. E quando os títulos já viravam rotina, veio a má fase. Má fase, é verdade, que já dura anos e na qual nos encontramos nesse centenário. Seguidas administrações pífias e guerras políticas culminaram num Palmeiras que é puro caos internamente, refletindo intensamente no desempenho do clube dentro de campo. Vieram vexames, derrotas inimagináveis... Engana-se, no entanto, aquele que pensa que nos apequenamos. Numa história de glórias, má fase é passageira. E não importa quem comande o nosso clube, ou quais onze jogadores vistam o manto alviverde, o Palmeiras continuará gigante enquanto houver o palmeirense. Grandeza que não se mede, que não se perde, assim como o sentimento infindável e inexplicável que todo palmeirense sente. Que eu sinto, que eu entendo, mas que não encontro palavras para descrever. Assim como não é possível descrever o que cada palmeirense sentiu sábado, no rebaixamento, na Copa do Brasil de 2012, ou em 93. Em cada jogo. Em cada vitória, derrota, ou título. Amor doído, amor sofrido, amor amado. Muito mais que amor. Somos Palmeiras. Seremos Palmeiras. Gigante, agora centenário. Parabéns palmeirense. Parabéns, Palmeiras!
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