De prima
“Na década de 60, eu fui presa inúmeras vezes por causa do futebol. Porque era proibido por constituição. Eu juntava as meninas e ia pra um campinho qualquer lá na rua, ia jogar, aí a polícia chegava e me levava.” A polícia em questão era o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), a polícia da Ditadura Militar, que fazia valer o decreto-lei que proibiu a prática da modalidade no Brasil entre as décadas de 1940 e 1980. Já que não podia jogar, Léa Campos, hoje com 70 anos, seguiu para a carreira de árbitra. Ela conta que precisou apelar ao então general militar e presidente do Brasil, Emílio Garrastazu Médici, para conseguir que João Havelange a liberasse para apitar um jogo da Copa do Mundo de 1970. E conseguiu. A história de Léa e de muitas outras mulheres inspiradoras estão agora contadas por meio do novo acervo de Futebol Feminino do Museu do Futebol. Pra quem já visitou o Museu, vale refazer o percurso e descobrir as peças que faltavam. Pra quem nunca foi, é a chance de conhecer uma história ainda mais completa. Fonte: entrevistas concedidas a Mayra Siqueira (CBN) e Renata Mendonça (BBC) Fotos: Roberta Nina Cardoso - May 21, 2015 at 11:14AM
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