De prima

ADIDAS, PUMA E O "PACTO PELÉ" Hoje em dia, a ideia de jogadores de futebol fazendo propaganda de calçados e chuteiras está bem disseminada e é bem aceita pelo público. No entanto, houve um momento na história em que a estratégia de convocar atletas para endossar calçados era vista como um grande risco. Com a popularização das chuteiras no mundo do esporte após a Segunda Guerra Mundial, a decisão dos atletas de utilizarem Adidas ou Puma era vital para as duas corporações. Rapidamente, os atletas perceberam essa “guerra”e passaram a negociar com as duas empresas simultaneamente e esse leilão desenfreado foi financeiramente prejudicial tanto para a Adidas quanto para Puma. O problema ficou ainda mais evidente nas Olimpíadas de 1968 quando a Adidas ordenou que oficiais do governo confiscassem calçados de atletas patrocinados pela Puma. A briga esquentou demais até que em 1970, as duas empresas estabeleceram um “tratado de paz” tentando dar uma trégua na conturbada relação que perdurou durante a década de 60. O acordo mais conhecido do tratado era o “Pacto Pelé” no qual ambas as companhias concordaram em NÃO patrocinar o Rei por entender que elas entrariam um uma guerra de leilão tão intensa que quebraria a empresa vencedora. Como sabemos, o Brasil de 70 foi uma das maiores seleções da história do futebol tendo vencido a Itália e se sagrado tricampeão mundial. Momentos antes do apito inicial, Pelé solicitou alguns minutos a mais para o árbitro para amarrar suas chuteiras. Todas as câmeras do mundo miraram os pés de Pelé enquanto ele se ajoelhava para amarrar as suas chuteiras DA PUMA! O que aconteceu com o “Pacto Pelé”? Obviamente o jogador não sabia sobre o pacto que a Adidas e a Puma haviam feito. Pouco antes da Copa, a Puma enviou um representante chamado Hans Henningsen ao Brasil que logo fez amizade com grande parte do escrete canarinho. Pelé e o representante passavam bastante tempo juntos e Pelé se irritava pelo fato de Hans ter firmado contrato com diversos jogadores da seleção, mas nunca ter falado com ele. Até que um dia, o agente se constrangeu e decidiu fechar um contrato com o Rei sem a aprovação da Puma! Pelé ganharia 25 mil dólares pela Copa e mais 100 mil dólares pelos próximos quatro anos. O agente levou a proposta ao dono da Puma que entendeu que o negócio era irrecusável. O dinheiro foi então entregue ao eterno camisa 10 e parte do acordo exigia que Pelé solicitasse um tempo antes do apito inicial para amarrar suas chuteiras. Ao constatar que o pacto havia sido quebrado, a Adidas ficou furiosa e a guerra dos calçados começou novamente. Apesar de hoje em dia o mercado americano ser liderado por Nike e Reebok, a Adidas e a Puma seguem sendo forças dominantes no mercado internacional. - January 19, 2015 at 01:06PM

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